Adoro o Brasil. País de enormes contrastes, é caos e optimismo, corrupção e consciência cívica, pobreza e solidariedade; acima de tudo, uma imensa alegria que tudo supera. Os defeitos da organização política, administrativa e social do Brasil estão bem identificados.
1. A percepção pública de um Estado não confiável.
2. Degradação acelerada dos serviços de saúde público e recurso quase obrigatório ao privado.
3. Escola pública lascista, desorganizada e de má qualidade; recurso de quem pode ao ensino privado.
4. Justiça lenta e ineficiente.
5. Classe média em extinção, empurrada para o nível da pobreza, com baixo poder aquisitivo e alto endividamento.
6. Disparidade escandalosa de nível de rendimentos entre classe alta e classes mais desfavorecidas.
7. Níveis de criminalidade alarmantes e icapacidade de resposta do Estado.
O assustador é podermos, ao arrepio do resto da Europa, identificar todos estes factores de sub-desenvolvimento e tensão social crescente em Portugal. Podemos, sem exagero, afirmar que o governo Sócrates consolidou um caminho brutal rumo ao terceiro mundo. Este estado de coisas já produz acontecimentos preocupantes como a vaga terrível de criminalidade em curso, mas anuncia um futuro bem pior de falência da coesão social, de desigualdades, de desnorte da Nação.
A boa notícia é que o Brasil, com alguma vontade política que há que reconhecer e com a energia e capacidade crítica do seu povo, está a dar a volta e a caminhar rumo á civilização.
A má notícia é que Portugal, sem alternativa nos dois maiores partidos e com alguma letargia no seu povo, se afunda cada vez mais neste procupante estado de coisas.
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