Sobre os acontecimentos internos e tão mediáticos ocorridos no ultimo ano no BCP, saiu recentemente o livro "Terramoto no BCP".
Bem redigido, por autora inspirada, bem informada e documentada, e certamente com acesso a declarações reservadas dos protagonistas mais destacados nos seus círculos mais próximos. Recheado de ironia, humor subtil qb, e visão crítica acertada.
A "moral da história" vem logo de início, assim:
«É impossível erradicar a vaidade da natureza humana. A vaidade é a paixão mais insubmissa. Alimenta-se de todas as motivações humanas e tem normalmente preferência pelas mais nobres, pela ética, pelo bem, pela moral, pela justiça. É tão arrojada que se serve até do amor, e bem assim da amizade. (...).
As emoções são o braço da vaidade e têm força leonina. (....)»
Ainda estou a ler e rapidamente me aproximo do final do livro... apesar de já conhecer a trama e o desfecho, há reflexões que abrem ainda novos contornos e perspectivas....
Mas confirmo a noção de que o "terramoto" não terminou ainda, os protagonistas continuam ainda em acção, fora e dentro do banco, urdindo a intriga em prol da vaidade pessoal e do seu poder narcisíco. Deslustrados, mas não envergonhados, sobra-lhes em vaidade e soberba o que lhes falta em consideração e respeito pelo banco e o seu futuro.
1 comentário:
Caro RA
No meio desta triste história, não me lembro de ter ouvido quem quer que fosse a pedir desculpa aos pequenos accionistas.
Penso que todos os clientes do BCP foram várias vezes sondados para comprarem acções do banco, com a promessa de grandes rentabilidades.
Agora que as cotações chegaram a um nível incrivelmente baixo, provavelmente ninguém tem explicações a dar.
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