quarta-feira, 23 de julho de 2008

Crédito fácil

Uma vez mais é o CDS a falar sobre temas que afectam, directa ou indirectamente, a grande maioria da população portuguesa. E, curiosamente, até o homem do contra, Vital Moreira, está de acordo com a posição defendida pelo CDS-PP.
Desta vez, a propósito do (in)acção do Banco de Portugal na regulação das ofertas de crédito, especialmente do chamado crédito fácil.
Além do disparate que é, na minha modesta opinião, permitir aos bancos oferecer crédito para férias, algo imaterial que imediatamente após o regresso a casa cai no esquecimento, permitir igualmente ofertas para comprar um carro em 84 prestações ou contrair um crédito à habitação com prestações mais baixas mas em que é necessário fazer 14 pagamentos anuais são outros exemplos do mau serviços que o BdP está a prestar.
E lembram-se, certamente, que há alguns anos foi posta em vigor uma lei que obriga toda a publicidade sobre produtos financeiros a informar correcta e claramente os encargos e a taxas. A lei até pode estar ser cumprida, pois o legislador esqueceu-se que os publicitários contornam facilmente estes problemas.
Já alguém conseguiu ler as informações deste género em publicidade na televisão? É que as letras são tão pequenas e passam tão depressa no rodapé que ninguém lê. Nos jornais, só de lupa. E na rádio, a voz é de tal forma acelarada que parece que alguém está a apertar uma certa parte do corpo do locutor com uma tenaz.
Parece-me que é urgente por travão à situação que vivemos actualmente.
E se outra forma não houver, que se alterem as obrigações de quem publicita estes produtos quanto à forma de transmitir a informação necessária e que se pense em alguma forma de educar as pessoas para a boa forma de utilização dos créditos disponíveis.

Sem comentários: