sábado, 14 de junho de 2008

Oooops!


Sócrates está verdadeiramente desapontado com o resultado do referendo irlandês ao Tratado de Lisboa, os irlandeses não dormirão nos próximos dias em pânico com a ira de Sócrates! A afirmação do nosso ainda Primeiro-Ministro, para além de ridícula, é grave. Que legitimidade tem um governante europeu democráticamente eleito para fazer este tipo de comentários em relação à decisão democrática de outro povo europeu, soberano e independente. Não há limites para a soberba de Sócrates. A panelinha europeia Sócrates-Barroso está em risco, as vaidades e projectos pessoais de cada um deles tremem ante revezes deste tipo, só que, num regime democrático, estes obstáculos fazem parte do jogo, a democracia não vale só quando interessa, vale sempre.

Honestamente, não mudo de posição agora e continuo a entender que o Tratado de Lisboa, embora passível de melhoramentos, é um caminho possível e que valeria a pena seguir. O facto de preferir uma Europa unida à volta do tratado, não me leva a desrespeitar os que pensam diferentemente, são opções e em democracia as maiorias decidem e condicionam. É apenas isto.

A Irlanda terá optado, via referendo, por condicionar o futuro e reabrir negociações, provávelmente, reforçar a sua posição; é uma prerrogativa dos participantes neste tipo de processos. Vamos ver que tipo de precedente se abriu aqui. Não auguro grande futuro a este Tratado, a evolução da UE será sempre muito mais complicada e lenta do que alguns ambicionam. O grande aglomerado de nações tem hábitos de séculos, diferentes idiossincrasias, tensões internas e externas que não se apagam por desejo novo de um futuro unido.

Afinal, não está nada porreiro pá!

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