terça-feira, 15 de abril de 2008

Eleições em Itália

Os resultados das eleições em Itália são claros e podem consultá-los aqui.
Com uma taxa de participação superior a 80%, os italianos escolheram novamente Silvio Berlusconi para Primeiro-Ministro. Apesar de todos os "futebóis" em que tem andado metido ao longo da sua vida.
E os italianos, fruto do seu sistema eleitoral que, tal como noutros países, estabelece uma quota mínima de votos - 5% - para se poder ter representação parlamentar, disseram claramente que de partidos de esquerda estavam fartos.
Estes, apesar de coligados, tiveram pouco mais de 1 milhão de votos.
E vão passar a próxima legislatura fora do Parlamento e do Senado.
Umas férias fazem sempre bem aos trabalhadores...
Curiosas são as opiniões dos representantes aveirenses dos partidos de esquerda nos seus blogs quanto a estes resultados.
No PCBlog Quotidiano da Miséria, diz o escriba de serviço que há coisas difíceis de entender. É verdade. É mesmo difícil de entender este povo tão ingrato que, com uma caneta e um boletim de voto nas mãos, resolveu tomar uma decisão deste calibre. É claro que noutros países, como recentemente se verificou em Cuba, o povo não está tão esclarecido. Mas, como agora vão passar a ter computadores e telemóveis, não faltará muito para passarem a ser uns ingratos para com a esquerda.
No BEblog A Ilusão da Visão, o discurso vai mais por um prisma gastronómico. E tenta justificar o resultado com o sistema eleitoral. Grande homem, faz lembrar alguns presidentes de clubes que por aí andam. Só que, se a lei eleitoral não era boa, qual a razão pela qual a esquerda que esteve estes últimos anos no poder não a mudou? E quando se diz que "a esquerda se divorciou da sua base social de apoio", talvez se devesse ter dito que a base social de apoio da esquerda acabou, pois as pessoas informadas têm o conhecimento da realidade dos países governados à esquerda e sabem que este tipo de governação nunca lhes trará o futuro que desejam.
A minha esperança é que Portugal possa seguir estes exemplos e dar à esquerda o lugar que ela merece, mesmo sem necessidade de mudar os sistemas eleitorais.

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