terça-feira, 4 de março de 2008

Muita Parra...

O nosso amigo Tá, em desabafo oportuno e “ameaçador”, trouxe à liça a situação relatada por um órgão de comunicação social de Aveiro e levantada na Assembleia Municipal desse Concelho (“tá” bem escrito?), por um elemento do grupo municipal do CDS e pela Presidente da Mesa do referido Órgão Autárquico.

Relatava-se então a acumulação de “funções” de um dito Raúl Ventura Martins, socialista por convicção e arreigada crença, líder do PS concelhio, professor de uma Instituição Pública, consultor de empresas e agora, também e por Resolução do Conselho de Ministros, vogal não executivo da Comissão Directiva da estrutura de missão do Programa Operacional Regional do Centro, no âmbito da definição e atribuição dos fundos geridos pelo QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional).

Homem dos sete ofícios, de uma capacidade de trabalho fora do normal, pelos seus pares amplamente reconhecida, vê agora merecidamente recompensado todo um esforço em prol de uma região e de um Concelho, pelo qual, aliás, vem pugnando até ao limite das suas forças e energias desde que abraçou entusiasticamente a causa pública…, correndo até o supremo risco de ter de decidir ou participar em decisões que envolvam o seu próprio município de residência e no qual desempenha briosamente e com denodo o tal cargo autárquico.

Quanto a este senhor, estaríamos conversados, se a Senhora Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, estimada deputada da Nação, Dra. Regina Bastos (talvez actualizar o CV...), ao invés de, mais uma vez, pretender o protagonismo fácil, o brilharete pelo brilharete, enfim, “dar lustro aos manolo”, como tantas e tantas vezes tem feito, de forma inconsequente, inócua e vazia – embora com voz grossa – tivesse feito o trabalhinho de casa e pegado nisto, em mais algumas actas, coligido algum material em que o referido protagonista fala sabiamente acerca do QREN e enviado para aqui, aqui, aqui, ou ainda ali, aí sim, estaria a exercer o seu mandato com toda a propriedade e legitimidade.
Seria o mínimo que poderia fazer, nesta situação delicada, competindo-lhe como compete, verificar da legalidade do quórum do Órgão a que preside, solicitar tais pareceres para se "estribar" e enformar uma decisão quanto à regularidade da presença (ou não) de tal senhor nesse mesmo Órgão e consequências, passadas e futuras.

E atrevo-me a dizer que deveria exigir/solicitar os ditos pareceres cumulativamente; não vá o diabo tecê-las, porque "quem tem amigos não morre na cadeia", diz o povo e certamente com razão.

Não o fazendo, a única resposta que obteve, depois de engraxar os sapatitos, foi esta, assim como o CDS que, não preparando convenientemente a questão provou do mesmo remédio. Talvez a marca dos sapatos não seja a mesma, mas levantando o assunto, não pode perder tanto tempo a engraxá-los…
Continua, em próximo episódio, variando de protagonista, “tá”?

2 comentários:

Anónimo disse...

Ja agora pergunto se por acaso deixou fugir do seu galricho esta enguia fresca que o Conselho de Ministros resolveu:

«15 — Determinar que o regime remuneratório dos membros
das comissões directivas referidos nos n.os 2, 4, 6, 8 e
10 obedece às seguintes características:
c) Para os vogais não executivos das comissões directivas:

Remuneração mensal ilíquida fixa no valor de € 1500,
actualizável anualmente»

zé das enguias disse...

Caro Anónimo, suponho que por "galricho" quer dizer aquela rede de pesca usada para a apanha de peixe miúdo.
O que constato é que o Senhor utiliza o seu com bastante propriedade e eficácia; talvez tenha tido o trabalho, como outros, de ler a Resolução do Conselho de Ministros.
Apesar de tudo, considero esse facto uma minudência, realmente peixe digno de galricho, quando comparado com o que está em jogo.
Cumprimentos.