Vem tudo isto a propósito de uma pseudo guerrilha interna no PS, entre o mais recente e talvez único moscãoteiro disponível,
que creio ser de todos por demais conhecido, quanto mais não seja pela perenidade na vida pública portuguesa, moscãoteiro Alegre, e
o nosso D. Sebastião da modernidade, o nóvel PM e Eng. Pinto de Sousa, mais conhecido por Sócrates.
Nada nem ninguém me tira da cabeça, tenha ela mais ou menos neurónios, que a tudo isto é farsa, encenação, tragicomédia e, acima de tudo, embuste para distraír os incautos.
Enquanto o País se entretém e os media dão cobertura exaustiva às "estocadas" do florete do "moscãoteiro" Alegre e às "esquivas" no nosso moderno "Sebastião", o que realmente importa, continua a passar verdadeiramente despercebido, intencionalmente atirado para a segunda gaveta. O importante agora para Portugal é discutir o "buraco negro do PS"; não o tremendo buraco em que este "ditadorzeco de trazer por casa" está a transformar Portugal, não as promiscuidades nas recentes remodelações ministeriais, que trazem, afinal, mais do mesmo, acrescidas da sempre nefasta influência dos lobbies que todos conhecemos, não o que se está a passar, ainda e sempre, na Educação e a propósito da célebre reforma do sistema educativo, não a verdadeira embrulhada (apetece-me chamar-lhe um nome tão feio...) em que se transformou o Ministério das Obras Públicas e Transportes, não o estado caótico a que estão a chegar as finanças do nosso cantinho, enfim, nada disto ou muito mais é realmente um problema.
Tudo se vai passando com a absoluta normalidade de quem, mesmo em democracia, se arroga o pleno direito de governar sem controle, escapando impunemente às oposições que, impotentes perante a desfaçatez desta maioria absoluta socialista, se vêem completamente tolhidas no seu papel vital de fiscalizar a acção do Governo. E tudo isto acontece com a cumplicidade de grande parte da comunicação social. É neste País que vamos vivendo, sempre com a sensação que amanhã algo de ainda pior vai acontecer; dramático, mesmo, é que tem acontecido.
O moscãoteiro, vigoroso e enérgico, apesar de entradote, lá vai brandindo o florete e gritando "en guarde"; o outro, olha para o lado, assobia e esquiva-se; entretanto, aponta baterias e... lá vai o abono de família!
Para quando poderemos ter horizontes mais largos?
Como dizia Pául Valéry, em "Olhares Sobre o Mundo Moderno",
"A política foi primeiro a arte de impedir as pessoas de se intrometerem naquilo que lhes diz respeito. Em época posterior, acrescentaram-lhe a arte de forçar as pessoas a decidir sobre o que não entendem."
Que bem segue este pensamento/regra o nosso D. Sebastião dos tempos modernos!
1 comentário:
Olha lá D., já reparaste que o PS é governo e oposição, esquerda e direita? Isto é que é um grande partido!
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