Joseph E. Stiglitz, Prémio Nobel Economia em 2001 afirma que passados 3 anos desde o início da crise financeira "A maioria das pessoas responsáveis pelos erros - na Reserva Federal, no Tesouro norte-americano, no Banco de Inglaterra ou na Financial Services Authority, na Comissão Europeia ou no Banco Central Europeu, bem como nos vários bancos - não admitiram as suas falhas."
Não obstante, "Nas complexas questões económicas a confiança é depositada geralmente nos banqueiros (afinal de contas, se fazem tanto dinheiro, alguma coisa devem saber!) e para os reguladores que, muitas vezes (mas nem sempre), são provenientes do sector dos mercados. Mas os acontecimentos dos últimos anos mostraram que os banqueiros continuam a fazer dinheiro, mesmo quando afectam a economia e impõem fortes perdas às suas próprias firmas.
Os banqueiros têm fortes desafios pela frente do ponto de vista ético. Cabe agora a um tribunal decidir se o comportamento do Goldman Sachs - que apostou contra produtos que criou - foi ilegal. Mas o banco já foi julgado na praça pública, que já emitiu o seu veredicto quanto à importante questão da ética por trás desse comportamento.
O facto de o CEO do Goldman achar que estava a fazer o "trabalho de Deus" ao colocar a sua firma a vender a descoberto produtos à vista que criara, ou a lançar rumores difamatórios sobre um país do qual era conselheiro, sugere que existe todo um universo paralelo com morais e valores diferentes."
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