quinta-feira, 30 de abril de 2009

Frase do dia

No excelente programa de Ruio Pego na Antena 1, O Esplendor de Portugal, quando se conversava sobre as recentes decisões de alguns municípios na proibição da tourada, e quando se fazia a comparação entre a tourada portuguesa e espanhola, penso que Juan Goldin definiu a tourada portuguesa, pelo facto de não se matar o touro na arena, como sendo acupunctura para toiros.
Já agora e ainda sobre este tema, fico sempre com dúvidas quanto à questão "direitos dos animais", sem os correspondentes "deveres", e também quanto à questão do sofrimento dos mesmos. Será que um ser irracional sofre?
Por fim, e também focado neste programa, o que terão os defensores dos animais a dizer sobre a mais que certa extinção da rala taurina que "produz" os touros de lide? Sem touradas, para que servem estes animais? E quem é que os criará, se deles não irá obter qualquer benefício económico?
Eu sei que o tema é polémico, mas será que não é altura de o discutir abertamente e de todos os seus ângulos?

Folhetim (dos combustíveis) à portuguesa - continuação

Viajei esta tarde para Sul pela A1.
Curiosamente encontrei dois painéis informativos que, aparentemente, estavam a funcionar.
Digo aparentemente pois, em ambos, a informação que constava relativa às áreas de serviço sucessivas dava conta que eram todas pertencentes a gasolineiras diferentes, o que está correcto, mas os preços indicados, quer na gasolina, quer no gasóleo, eram rigorosamente iguais até à milésima de euro.
Portanto, ou os painéis estavam ainda em fase experimental, ou então, mesmo sem haver cartelização dos preços, as 3 operadoras conseguem ter os preços exactamente iguais.
Será que os senhores da Autoridade da Concorrência andam por aí de carro? Era bom, pois assim poderiam ter assunto para uma nova investigação.

Acordo Ortográfico (outra vez)


Aqueles que por aqui vão passando os olhos já sabem que sou frontalmente contra o acordo ortográfico.
Mas, pela amostra já disponível nesta nova língua à qual não sei se hei-de chamar Portuleiro ou Brasiguês, vou ter sérias dificuldades em entendê-la.
O jornal Record, não sei se numa tentativa de começar a vender no mercado brasileira, já adoptou (ou será adotou) a nova ortografia.
Vejam este exemplo da sua edição online de hoje.
"Teto salarial passa a..."
O que é um teto salarial?
"Andar à mama de" é um expressão corriqueira da língua portuguesa que, entre outros significados, pode dar a entender que se recebe um salário sem que nada se faça para o justificar.
Será que teto terá algo a ver com mama?
Consultando o sempre presente Priberam, eis as definições encontradas:

teto s. m.
teto s. m.
teto (é)
s. m.
Língua indígena de Timor. (Forma preferível a tétum.)
teto (ê)
s. m.
1. Mamilo dos irracionais.
2. Saliência arredondada.

Certo. Afinal parece que eu ainda tenho razão e que o Record anda a disparatar nos seus escritos.

Folhetim (dos combustíveis) à portuguesa


Depois de termos ficado esclarecidos pela Autoridade da Concorrência que não há qualquer cartelização dos preços dos combustíveis - demoraram 8 meses para concluir aquilo que todos nós sabemos que não é verdade - temos agora mais um episódio desta saga.

Foi publicada uma lei que obriga a colocar painéis informativos nas auto-estradas para informar o preço da gasolina nas áreas de serviço mais próximas.

Estes painéis já deviam estar em funcionamento desde Novembro passado mas, como todos vimos, só começaram a ser instalados no último mês.

A Associação das Petrolíferas tinha-se comprometido a ter estes painéis a funcionar até hoje, mas já comunicou que tal não vai ser possível. Informou ainda que não foi passada qualquer coima relativa a este incumprimento.

O mesmo Governo que multa os pensionistas que, por desconhecimento da lei, não entregaram a sua declaração de rendimentos ao Estado -reparem que obrigam as pessoas a declarar ao Estado aquilo que o Estado lhes paga, deve ser para confirmar que ninguém se enganou nas contas -, que tem um braço armado chamado ASAE que pune pequenos ou grandes comerciantes por situações que muitas das vezes com bom senso e um esclarecimento se poderiam alterar quase de imediato, deixa que as gasolineiras não cumpram uma Lei e não as multa.

Aguardemos serenamente as cenas dos próximos capítulos deste folhetim.

Atchim!


Screening térmico de passageiros que chegam do México. Invasão de privacidade em nome da pandemia...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Definições e conceitos

Ao ler uma resposta de Raul Martins a um comentário no seu blog, fiquei a saber a sua definição de encargos financeiros: "Só que é preciso compreender que a expressão encargos financeiros significa pagamento de juros e amortização de dívida".
Ao ler o art. 23º do Código do I.R.C., encontra-se na alínea 1c, a seguinte definição: "Encargos de natureza financeira, como juros de capitais alheios aplicados na exploração, descontos, ágios, transferências, diferenças de câmbio, gastos com operações de crédito, cobrança de dívidas e emissão de acções, obrigações e outros títulos e prémios de reembolso."
Não querendo colocar em causa os conhecimentos técnico de RM, sempre me parece que a definição por ele utilizada não corresponde à definição técnica de um documento oficial e que foi adaptada para que a sua resposta tenha o sentido demagógico que ele lhe pretende imprimir.
Mal comparando, faz lembrar a diferença entre os títulos originais de alguns filmes e a respectiva tradução. Será?

terça-feira, 28 de abril de 2009

O processo criativo do génio


O meu iPod IV

O meu iPod também tem dias de melancolia. Uma melancolia bela e doce; por exemplo, este Orpheus de David Sylvian...

Uma certa ideia de Europa...

Vital Moreira acaba de proclamar na SIC Noticias que as canalizações do gás deveriam ligar Espanha á Peninsula Ibérica!!!

O genuino


Com medo dos royalties, o PS terá mandado retirar todos os outdoors que tinha na rua. O problema do PS é que o produto genuino é sempre melhor...

Guterres?

Vi por aí uns cartazes com a cara do Guterres a olhar para uma moeda.
Vai haver eleições para Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados? E nós votamos? Quando?
Ou será que nos está a pedir um donativo?
E o Avô Cantigas? Foi de férias?

A seguir com interesse

- Como estás Huffstodt?
- O meu melhor amigo está preso, o meu filho revoltado e a minha mulher não me quer de volta...
- Não foi isso que te perguntei. Perguntei-te como estavas e respondeste como estão os outros. Como estás tu?
- Realmente, não faço ideia.
- Isso, sim. É uma resposta.

Milagre


"Quero fazer os poemas das coisas materiais,
pois imagino que esses
hão-de ser os poemas mais espirituais.
E farei os poemas do meu corpo
E do que há de mortal.
Pois acredito que eles me trarão
Os poemas da alma e da imortalidade.
"E à raça humana eu digo:
-Não seja curiosa a respeito de Deus,
pois eu sou curioso sobre todas as coisas
e não sou curioso a respeito de Deus.

Não há palavra capaz de dizer
Quanto eu me sinto em paz
Perante Deus e a morte.
Escuto e vejo Deus em todos os objetos,
Embora de Deus mesmo eu não entenda
Nem um pouquinho...
Ora, quem acha que um milagre alguma coisa demais?
Por mim, de nada sei que não sejam milagres...
Cada momento de luz ou de treva
É para mim um milagre,

Milagre cada polegada cúbica de espaço,
Cada metro quadrado de superfície
Da terra está cheio de milagres
E cada pedaço do seu interior
Está apinhado de milagres.
O mar é para mim um milagre sem fim:
Os peixes nadando, as pedras,
O movimento das ondas,
Os navios que vão com homens dentro.
Existirão milagres mais estranhos?" (Walt Whitmann)

Dúvida pandémica

Primeiro foi a gripe aviária, agora a gripe suína. Será que a próxima é de porcos voadores?

Manifesta falta de jeito...


Hoje, em entrevista a Mário Crespo, Manuela Ferreira Leite disponibilizou-se para um bloco central que veio desmentir depois da entrevista. Mário Crespo foi simpático, a senhora enterrou-se sem ajuda. A tentativa posterior de correcção continua desastrada. O PS mandou Santos Silva desferir o golpe final. Uma noite para esquecer para os lados de São Caetano à Lapa...

domingo, 26 de abril de 2009

Terrorismo

Em nome da memória, vale a pena ler este post de Manuel Castello Branco, filho de uma das vítimas mortais da rede terrorista de Otelo Saraiva de Carvalho. É a lógica indignação com a capitulação do poder socialista perante a negra figura da nossa história recente.

O meu iPod III

O meu iPod também vibra com coisas destas, passa-se com o Buddy Guy.

Santo Condestável


D. Nuno Alvares Pereira

Os dias passados


Não houve cravos vermelhos no Enguia Fresca. Nem bafientas saudades na véspera. Bom sinal. Não foi combinado, mas correu bem.
Olho para o 25 de Abril como uma data importante. Importante, por ter despertado a vontade de democracía e de liberdade, por ter terminado uma ditadura, por ter instilado o sentimento que impediu que outra, de sinal contrário, se instaurasse. Foi um processo longo, só vingaria passado mais de um ano a 25 de Novembro e só se consolidaria com o fim do Conselho da Revolução, mas valeu a pena. Não seremos um país brilhante, mas estamos infinitamente melhor do que se continuássemos na sombra atávica de um qualquer ditador.
Agradecimentos? Só os devemos a nós próprios enquanto povo com vontade de seguir em frente, tomando conta do nosso destino. Que tal acordar este espírito?

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Cúmulo Jurídico


Eis uma figura que o Comité Disciplinar do Futebol Espanhol desconhece.
Pepe leva um castigo de 10 jogos de suspensão,
devidamente explicado.
Cada agressão, 4 jogos. Pelo penalti, 1 jogo. Por insultos ao árbitro, 1 jogo.
Se em Portugal fosse assim, penso que algumas equipas teriam de ir jogar com os juniores em jogos da Liga.

Garganta

Dedicado a todos aqueles que acham que têm muita garganta mas que só conseguem soltar umas fífias...

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Nuestros hermanos





Umas das grandes diferenças que existem entre portugueses e espanhóis é, na minha opinião, a nossa faceta demasiado formal e de pessoas muito bem educadas, incapazes de soltar um impropério, quando comparados com os espanhóis, que usam um tratamento "tu cú tu lá", sem Drs. e Engs. a atrapalhar a conversa e com um calão usado onde menos se espera, mas que facilita muito o relacionamento interpessoal.
Reparem no texto da notícia.
Alguma vez uma força policial portuguesa admitiria o que admitem os seus congéneres espanhóis? Com aquele tipo de linguagem? E, mesmo que o fizesse, algum jornal o levaria à estampa naqueles termos?

O meu iPod II

O meu iPod nestes dias anda a vingar ausências prolongadas, do Eminem, por exemplo. Viciante o novo Before the relapse, a abrir o apetite para o Relapse que vai saír a 19 de Maio, ou antes, num pirata perto de si...

O meu iPod

O meu iPod nestes dias anda a vingar ausências prolongadas, dos Depeche Mode, por exemplo. Fabuloso, este Wrong do novo Sounds of the universe.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Universidade de Aveiro

Na "Capital da Simpatia" segundo José Hermano Saraiva, ou, porque não, na "Capital da Inovação" digo eu, é natural que os estudantes universtários que aqui estudam, sejam os mais satisfeitos de todo o país.

Lamborghini


Pelo aspecto, este Lamborghini, em vez de travões, só tem abrandões!
imagem retirada daqui http://carscoop.blogspot.com

Demitiu-se ou foi corrida?

Daquilo que li sobre o prime time de ontem, o Eng. Técnico malhou qb na TVI, estação onde a sua namorada deixou de colaborar.
E elogiou o DN, onde ela colabora.
Será que é para lhe assegurar o emprego?

terça-feira, 21 de abril de 2009

Conversa da treta

Sócrates não se cansou de repetir que está completamente disponível para mudar, para alterar, para modificar; que tem grande humildade e vontade de corrigir o que não está bem! Os ministros continuam todos em funções; tirem as vossas conclusões!

Televisão

Parece que o Sr. Eng. Técnico deu uma entrevista à RTP. Não vi e não sei se tenha pena de não ter visto.
Agora aquilo que gostava mesmo de ter visto e infelizmente também não vi, foi o Arsenal 4 - Liverpool 4.

O paradoxo de Sócrates


Na entrevista de hoje ao canal estatal, Socrates teve um final verdadeiramente delirante. Assim que foi confrontado com o caso Freeport, perdeu claramente a compostura. A tentativa clara de intimidação de Judite de Sousa foi lamentável. Mas, o maior paradoxo do eng. foi a repetida manifestação de fé na justiça portuguesa a par das mais graves insinuações e acusações a actores dessa mesma justiça, com a PJ á cabeça!!! Em que ficamos afinal?

Pregar moral...


O PS veio ontem denunciar, e bem, as declarações de elementos do PSD-Madeira sobre a presença de Teresa Morais e Regina Bastos na lista europeia como forma eventual de contorno da lei da paridade.
Disse eu ontem aqui que não me acreditava na má fé das visadas. Já quanto a Ana Gomes e Elisa Ferreira, nem sei o que pensar! Ambas são candidatas a duas eleições consecutivas, sendo obvio que só poderão assumir um dos cargos a que concorrem. Descartarão um dos cargos, assim torpedeando os objectivos da lei da paridade e baralhando o eleitor!
Será que Edite Estrela pensou nisto antes de falar ontem???

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Delírios insulares

Não foi coisa que não se adivinhasse. Uma lei pouco razoável, convida a atitudes pouco razoáveis. Tudo bem, mas a lei foi feita por políticos e, os políticos mais do que ninguém, devem cumprir com máximo escrúpulo as leis da nação; mesmo as que aparentem maior estupidez.
Posto isto, se houvesse um pingo de verdade na notícia de hoje do Público, estariamos perante uma intenção de contorno da lei da maior gravidade.
Quero francamente acreditar que se trata de mais uma dietribe madeirense que, descuidadamente, põe em cheque duas cidadãs respeitáveis. Teresa Morais e Regina Bastos, caso sejam eleitas, cumprirão os seus mandatos de cinco anos no Parlamento Europeu, sobre isto não pode haver dúvidas. O PSD e as próprias devem deixar os portugueses esclarecidos e seguros quanto a este delírio insular. A bem da transparência e da democracía.

domingo, 19 de abril de 2009

Human Palin


Das coisas que mais me irritaram em Sarah Palin foi o ar de infalibilidade moral, muito típica dos radicais dos costumes americanos. Prefiro, de longe, o conservadorismo tolerante de McCain.
Contudo, parece que, com o tempo e a saída do Alasca para um mundo maior, Palin tem progressivamente vindo a crescer em humanidade. É bom sinal.
Num discurso perante uma associação pro-life do Indiana, Palin admitiu ter vivido momentos de grande dúvida ao saber, a meio da gravidez, da deficiência do seu último filho. Depois da tempestade interior, tomou a decisão certa.
A rectidão e a justiça nem sempre são decisões obvias do ser humano; o caminho certo é, grande parte das vezes, o mais difícil. A dúvida, a dureza de alguns processos interiores de decisão, a adesão à regra que a moral nos aconselha, são processos naturais dos homens e mulheres normais. O importante é encontrar e ter força para seguir o caminho certo.
Nunca acreditei nos que se apresentam ostensivamente iluminados e sem duvidas, hoje fiquei a gostar um bocadinho mais de Sarah Palin.

As minhas músicas - 23



Crazy
É como me parece que anda muita coisa à minha volta.
Há pelo menos músicas como esta para tranquilizar um pouco.

Alta tensão


O discurso de Cavaco Silva na abertura do 4.º Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores só pecou por tardio. O país esperava por este discurso do chefe de estado há já tempo demais, era um imperativo moral e nacional.
O discurso de Cavaco tocou todos os pontos que são essênciais, lançou todos os avisos que se impõe, não poupou no detalhe das criticas que são mais do que justas ao desnorte de Sócrates.
Não era mais possível o silêncio perante este governo que, refém da crise e do caso Freeport, foge em frente num permanente delírio de psicadelismo político.
Este é o discurso que consolida a separação entre Belém e São bento, mas que não consuma ainda divórcio. Cavaco, calculista, olha para a Lapa sem vontade de escapadelas, muito menos de casar de novo...
Sócrates, igual a si próprio, já veio fazer a birrinha e acusar o toque. Deveria comer e calar; é que desta vez, o presidente tem mesmo razão.

sábado, 18 de abril de 2009

Iraque


Dois rapazes olham através da janela da sua casa feita de restos reciclados no bairro de lata de Al Dora, em Bagdad - Iraque.

Sexta-feira Santa


Fotografia tirada hoje na Igreja do Santo Sepulcro durante a entrada para as celebrações ortodoxas de Sexta-feira Santa. Os ortodoxos têm um desfasamento de uma semana em relação aos outros cristãos.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A Língua Portuguesa é muito rica

A propósito deste post do RA e do comentário do DM, e como desconheço o filme, fiquei com dúvidas sobre o seu nome correcto.
Daí ter recorrido ao Priberam, que, sobre a palavra sede, nos diz:

sede (é)
s. f.
1. Lugar em que alguém se pode sentar.
2. Assento de pedra no vão das janelas antigas.
3. Capital de diocese.
4. Jurisdição episcopal.
5. Ponto onde se concentram certos factos ou fenómenos.
6. Lugar onde uma empresa ou sociedade tem o seu principal estabelecimento.
sede (ê)
s. f.
1. Necessidade de beber.
2. Secura, falta de humidade ou de água.
3. Fig. Desejo ardente.
4. Avidez.
5. Uma sede de água: a água suficiente para apagar a sede.


O que acham? Tendo em conta a situação actual, parecem-me claramente de excluir as definições 2., 3., 4. e 6 da primeira palavra e 1., 2. e 5 da segunda.
Das restantes, cada um que faça o seu juízo.

Norte ou Centro?





Parece que a forte campanha que o Vereador Capão Filipe faz relativamente à passagem de Aveiro da Região Centro para a Região Norte, começa a dar os seus frutos.
Ao ler a Portaria 401/2009 do Ministério do Ambiente, ficamos a saber através do seu preâmbulo que a proposta de alteração da REN - Reserva Ecológica Nacional, foi apresentada pela CCDRN - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte. Ficamos também a saber no artigo 2º daquele documento, que as plantas, anexos e memória descritiva das alterações efectuadas podem ser consultadas na CCDRC - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro.
Será que esta aparente confusão significa que o Norte trabalha e fax propostas e o Centro faz apenas o arquivo?
Para evitar estas confusões não seria melhor criar uma CCDRA - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região de Aveiro?

Considerações sobre a justiça e a lei...

Lembrei-me, não por acaso, deste assombroso "Sede do mal". Nada deve, em meu entender, a Citizen Kane, apesar de ter vivido à sua sombra. Orson Wells, Marlene Dietrich, Charlton Eston... Uma história, infelizmente, sempre actual. Para pensar.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Depende sempre de onde vem...

O inspector do SEF José Van der Kellen disse temer que as novas obras públicas, que Sócrates obstinadamente insiste em iniciar, atraiam um núnero exagerado de emigrantes, entre eles radicais muçulmanos.
É um técnico da área a falar. Se fosse alguem de direita a avisar, cairia o Carmo e a Trindade; se o senhor não fosse do estado, os próprios jornalistas se enganariam e escreveriam Von der Kellen...

O Rio da Vergonha


Lembro-me da noite da tragédia de Entre-os-Rios como se fosse agora. Como deputado do distrito de Aveiro, cheguei ao local manhã cedo e ali passei todo o dia. É um dia que não esquecerei, pelos piores motivos. A dor, o sofrimento, a ângustia daquele povo foi equivalente à sevícia de acto terrorista ou de guerra. Incompreensão, injustiça, incúria eram as palavras que se repetiam. No final, a fria contabilidade de todos os que foram engolidos pelo rio gelado e revolto.
A justiça decidiu como decidiu e deixou-nos com os sentimentos que deixou.
Hoje soubemos que reclama 55 mil euros às familias dos que partiram naquele dia.
Marinho Pinto, o bastonário-comissário já disse que teriam de pagar e pronto!
Paulo Portas esteve bem ao defender a isenção das custas neste caso.
Nós ficamos atónitos e revoltados com este estado; cada vez menos pessoa de bem...

Chaplin



Pequena homenagem a um génio, quando se completam 120 anos sobre o seu nascimento

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Foi pena

O FCP jogou muito bem, mas o 7 fez a diferença.
Parabéns FCP pela atitude e parabéns ao futebol, estes quartos de final da Champions, como diria o Carlos Barroca se comentasse estes jogos, foram
FANTÀSTICOS

SÓ HOJE...


... BOA SORTE PORTO!

O PSD e a Europa II


Paulo Rangel será o cabeça de lista do PSD nas eleições europeias. Ficamos com a nítida sensação que poderia ter sido outro qualquer, mas foi Paulo Rangel. Parte fragilizado pela desorientação do processo de escolha do candidato; começa limitado porque foi escolhido como resposta directa à lista do CDS e, como se sabe, o original tem sempre vantagem.
Paulo Rangel é, contudo, um adversário a ter em conta. É sagaz, inteligente e ambicioso; lutará com todas as suas forças e capacidades por um bom resultado pessoal e para o PSD. O seu estilo não agradará a todos, mas será fácil de consolidar junto de determinado público. Resta agora conhecer o resto da lista, que deverá ser de respaldo do numero um nas áreas onde tem maiores debilidades.
Os dados estão lançados!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Finalmente!


O dia 2 de Abril, o Autism Awareness Day, foi o pretexto. O deputado do Partido da Terra, Luis Carloto Marques, fez o que já há muito deveria ter sido feito: exigir retirar as palavras autismo e autista como termos pejorativos do discurso político.
Sempre me irritou profundamente este uso ignorante e sempre o manifestei aos meus amigos parlamentares. O uso destes termos de forma negativa, remete quem os usa para um patamar de primitivismo básico que não deveria ser tolerado em nenhum serviço público da Nação.
Obviamente, houve unânimidade dos líderes parlamentares quanto à questão. Finalmente!

Agora deu-nos para isto!

Vai para aqui um tal citar, que nem eu consigo ficar atrás.
Dedico pois esta citação de Sócrates - o original, não a cópia que temos de gramar neste rectângulo à beira-mar plantado - aos meus amigos solteiros.

"Em todo o caso, casai-vos. Se vos couber em sorte uma boa esposa, sereis felizes; se vos calhar uma má, tornar-vos-eis filósofos, o que é excelente para os homens."

Eu sou feliz.

De imbecil em imbecil...

A propósito disto e daquilo, de tudo e de nada, ou talvez do seu contrário, aqui deixo uma pequeníssima reflexão de um dos Autores Portugueses que mais admiro - Vergílio Ferreira:



"De que te serve a inteligência, se não tens inteligência para a usar com inteligência?"


Dedicada a uns quantos que por aí andam, ou fazem que andam ou, fingindo que andam, atrapalham quem quer realmente andar.

O PSD e a Europa


O PSD está o verdadeiro Partido do Barbeque, podia passar a PPD/PSD/BBQ com pleno mérito. O desgoverno é total e a falta de rumo e autoridade de Ferreira Leite confrangedores. Do churrasco de proto-candidatos na opinião pública, quem saír da grelha, por muito capaz que seja, será sempre a centésima escolha, um candidato fragilizado.
Primeiro foi Pacheco, depois Passos Coelho, depois Deus Pinheiro, depois Aguiar Branco, depois Borges, depois Mendes, depois Mota Amaral, depois Rangel... Há gente a mais a falar demais no PSD, o partido está, faz tempo, num processo de autofagia altamente arriscado; é o pior inimigo de si próprio.
Quando gere desta forma as Europeias, Ferreira Leite anticipa o pior para as legislativas. A falta de carisma liderante, que permita ou imponha a acalmia do baronato, empurra o partido ladeira abaixo. As cúpulas perderam o respeito entre si, por si, pelo partido-instituição e pelos eleitores.
Restarão as autarquias, ainda. Poderá um partido sobreviver só com as bases?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Playboy


Tenho por hábito comprar o primeiro exemplar das revistas e publicações de referência; guardo alguns, quando se justifica, e gosto de lá voltar passados anos. Tive desde muito cedo acesso aos Almanaques Bertrand e Lello do meu avô, às "Selecções" que se reliam Setembro após Setembro na quinta, o que me deu a noção muito clara de que as revistas, quando são boas, envelhecem bem e duram bem mais do que a semana ou o mês da edição.
A Playboy sempre exerceu em mim um fascínio inegável, não gosto de ser hipócrita. A ideia de mundo que Hefner ofereceu ao homem do século XX é tentadora: mulheres deslumbrantes, bom gosto, muita cultura, liberalismo de costumes, controvérsia e o tal toque pioneiro típico americano. O "homem Playboy" não é um burguês acomodado, machista e cinzento; como disse Hefner, é um homem que aproveita a vida a fundo e tem a coragem de gostar de mulheres que gostam de homens.
Posto isto, comprei o numero um da edição portuguesa com um misto de receio e entusiasmo. Deveria ter tido bastante mais receio do que entusiasmo; teria acertado. Ninguém compra a Playboy só por causa dos artigos, mas toda a gente espera bastante mais do que as meninas. Quanto às meninas, nada a dizer. Portuguesas bonitas e elegantes que nos deixam orgulhosos, apesar da pose púdica e demasiado distante.
Quanto ao resto, uma decepção absoluta. Salva-se um conto mediano de Pedro Paixão (pela edição americana passaram Updike, Capote, Murakami...) e uma nova cronista ousada que optou por ancorar-se no interessante Rui Henriques Coimbra para legitimar a sua crónica. É pouco. Muito pouco. É uma sombra pálida dos bons tempos da Playboy americana ou brasileira, menos conteúdos e piores conteúdos, nada entusiasmante mesmo.
Como não compro a edição original há uns anos, resta saber se há um declínio generalizado da revista, ou se é só mal da edição lusa, contudo, com o mesmo dinheiro havia obrigação de muito mais e muito melhor. É pena!

domingo, 12 de abril de 2009

A música das férias

Acho que já por cá deixei este irresistível video. Foi a música destas mini-férias, dividida: Jack Johnson para a planície alentejana; Donavon Frankenreiter para as idas para a praia e G-Love, com o seu som ligeiramente "sujo", para o regresso... Enjoy!

sábado, 11 de abril de 2009

CONVICÇÕES. Sim ou Não?

Confesso que não tenho tido tempo nem vontade de escrever o que quer que seja, nesta que já considero uma casa, virtual, mas casa.
Tempo por questões profissionais e de intensidade de trabalho; vontade porque é difícil encontrar motivação para um exercício que entendo dever ser estimulante, gratificante e reconfortante quando, olhando à minha volta, nada nem ninguém me desperta o menor sentimento ou inspiração para aqui deixar umas palavras.

Faço-o hoje, a propósito de alguns acontecimentos mediáticos no CDS, apenas porque esses mesmos acontecimentos me lembraram, com uma intensidade fora do normal, uma citação que utilizava bastante nos meus primeiros tempos de Assembleia Municipal:

“Nunca cedas excepto a convicções de honra e bom senso.”
Winston Churchill, sobre a Convicção


É. Já lá vão uns valentes anos desde os meus primeiros tempos de AM, muitos mais desde que Curchill terá dito o que disse e parece que a actualidade se mantém intacta.

Para mim, obviamente; apenas para mim e no que ao meu caminho diz respeito. Que fique bem claro. Claríssimo, aliás.

Reflexão...

“Mais aptos e capazes são dos grandes lugares os que pretendidos os recusam, que os que ambiciosos os pretendem.”

Padre António Vieira, in “Sermões”

Parabéns Cidade de Aveiro


Um aniversário é sempre para ser comemorado.
Quando o número é redondo, mais um motivo para que a comemoração seja em consonância e que dela fique algo para as gerações futuras.
Quando esse número é inatingível por qualquer um de nós, temos a noção do efémero que é a nossa passagem por este mundo.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sexta-Feira...Santa


Hoje é Sexta- feira Santa. Fui educada a respeitar este dia como um dia de tristeza, de recolhimento, de oração, de jejum ou renúncia, e de esperança pela ressurreição. Com o tempo e, o valor dado a novas necessidades e prazeres, fui-me afastando da celebração da Páscoa. No calendário cristão, a Páscoa deveria ser a época festiva mais importante - a Cruz é o símbolo maior do Cristianismo- mas o Natal impôs-se.
È por isso, que gostaria de deixar aqui uma pequena reflexão sobre o significado deste dia
A Cruz é uma “palavra” silenciosa e eloquente do amor, que fala por si de Deus e da humanidade; é um «espectáculo» destinado a converter as nossas vidas (Lc.23,48). 7Maltratado, humilhou-se voluntariamente e não abriu a boca. Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca. 8Foi eliminado por sentença iníqua, mas, quem se preocupa com a sua sorte? (Isaías 52, 7-8). Naquela sua poderosa impotência, o Crucificado, esse Servo de Deus humilhado, é a parábola que nos faz ver: faz-nos ver, por um lado, bem dentro de nós, a crueza da nossa violência e malvadez; por outro lado, faz-nos ver em Jesus, a beleza da força subversiva e nova do amor e do perdão de Deus. Dito de outro modo: O Crucificado releva, por um lado, a debilidade e a culpa do homem e, por outro, o verdadeiro poder de Deus, ou seja, a gratuidade do seu amor incondicional e invencível por nós.
Estaremos, nós dispostos a olhar o rosto desfigurado de Jesus e a reconhecer as nossa culpas? Ou perante este rosto quase desumano (obsceno) desviaremos o olhar e seguiremos em frente com as nossas vidas? Talvez seja este o maior desafio colocado á nossa sociedade: parar, olhar e ver, reconhecer no rosto desfigurado de tantos homens o próprio Jesus.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Interrupção



Faço uma breve interrupção neste periodo sagrado de férias. Motivo? O melhor de todos: dar os parabéns a um Amigo.
O Diogo Feyo vai ser o melhor euro-deputado de sempre! O meu voto já lá está!
Agora, pondo um pouco a amizade de lado, é mesmo verdade; o Diogo concentra qualidades raras num qualquer protagonista da política actual. É metódico, sério, inteligente, seguro e profundo nas posições que assume. Coisa infelizmente rara, prefere a sobriedade ao foguetório de ocasião, os princípios á oportunidade. Já não é comum falar nestes termos, mas é um digno merecedor dos votos que lhe são confiados. Vai fazer um excelente mandato.

Vacaciones


De férias. Merecidas, acho eu. De cousas sérias, até domingo, não sei, não quero saber, nem quero que me digam!
O peixinho escalado do jantar estava "de maravilla", o calor não abunda, mas chega para matar saudades.
A malta da casa da Enguia irá certamente manter a porta aberta, até por que os tempos são de crise e ainda constaria mais um encerramento...
Até segunda!

Bávaros de Munique


No sábado, 1-5. Hoje, 0-4.
Em menos de uma semana, nove golitos no bornal.
Só eles sabem porque não ficaram em casa!

As minhas músicas - 22

Continuando o passeio pela música espanhola

terça-feira, 7 de abril de 2009

Certificados

O Zézito das oportunidades


Com a crise que aí vai, ainda se há-de descobrir um dia que o Zézito, com os 250 mil euros do João Miguel Tavares, comprou esta bela moradia na Quinta do Lago. É que, como diria o tio, o nosso Zézito é danado para as pechinchas!

Pobre Nobre


Confesso que sempre tive mais simpatia pela AMI do que por Fernando Nobre. Terá realizado grandes feitos, não o ponho em causa, mas sempre lhe percebi uma ambição desmesurada de protagonismo, político em particular. Ouvi as mais violentas críticas de cada vez que disse isto no passado; não me enganei.
Posto isto, interessa dizer que não nutro particular simpatia por Durão Barroso. Tem o mérito de estar á hora certa no local certo, de gerir imaculadamente os seus interesses pessoais e pouco mais.
Falo, portanto, sem paixão ou facção. As palavras de Fernando Nobre, na apresentação do livro de Soares, são de um mau gosto inexcedível e reveladoras do caracter de quem as profere. É o tipo de afirmação que deve ter um consequente pedido de desculpas a todos os portugueses pelo desprezo absoluto que revelam pelos padrões minimos do debate político.
Sabemos que Soares pode dizer tudo, com Jardim inaugurou a nova classe dos inimputáveis da república, mas Nobre não pode esperar entrada tão súbita em tão restrito clube.
Aqui fica para julgamento de cada um:
Durão Barroso "tem um corpo de plástico, moluscóide, de quem não tem coluna vertebral. É do tipo de políticos que pensa que, com uma plástica, tudo pode continuar na mesma"

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Em que ficamos?

Sócrates e Luis Amado anunciaram o apoio Português à recandidatura de Durão Barroso.
Mário Soares e o ex-comunista, agora candidato socialista, Vital Moreira dizem aos quatro ventos que o PS deveria ter um candidato próprio!
Não é uma divergência de pormenor, esta declarada entre o secretário-geral do PS, o seu candidato á Europa e o ex-secretário-geral do PS. Convinha esclarecer quem decide o quê e quando. Seria interessante conhecer que outras divergências desta magnitude dividem Vital moreira e a direcção do PS...

Concorrência (im)perfeita

Era uma vez um país. Nesse país existia um mercado em que trabalhavam apenas 3 empresas. Nesse país existia também um organismo para actuar quando aparentemente a concorrência entre as empresas era dissimulada por acordos entre elas. E existia também um outro organismo fiscalizador específico para o sector em causa.
Acontece que as empresas decidiram alterar os seus preços. Praticamente todas ao mesmo tempo. E sem grande diferença entre elas.
Decidiram também começar a cobrar as chamadas feitas pelos seus clientes para os centros de atendimento, duas delas em simultâneo, a outra quase a seguir.
E os organismos fiscalizadores, aparentemente, acham que tudo isto é normal.
Infelizmente esta fábula tem existência real.
O país chama-se Portugal, os organismos fiscalizadores, Autoridade da Concorrência e Anacom e as empresas, TMN, Optimus e Vodafone.
É verdade, a Autoridade da Concorrênca está desculpada. Anda há meio ano a fazer contas ao preço da gasolina e ainda não chegou a conclusão nenhuma.

Semana Santa, um reflexão diferente

Muito interessante este artigo de Madeleine Bunting sobre política, fé, religião e o ateísmo crescente do mundo ocidental. Um bom desafio intelectual para esta semana santa, que não deverá distrair dos outros, dos espirituais...
This is Holy Week. It started yesterday with Palm Sunday and continues through Holy Thursday, Good Friday and culminates this Sunday with Easter Day. One can no longer assume most people will be aware of this, let alone the events these days mark; in a recent UK poll, only 22% could identify what Easter was celebrating. What other system of belief has collapsed at such spectacular speed as British Christianity? One can only presume that the New Atheists are organising a fabulous party to celebrate. Richard Dawkins could stump up for the crates of champagne out of his sumptuous royalties from The God Delusion.
But I'm curious as to how many of the country's finest minds would join the celebrations. Increasingly, one hears a distaste for the polemics of the New Atheist debate and its foghorn volume, and how it has drowned out any other kind of conversation about religion: what it is, the loss of it, whether it matters, and what happens in a post-religious society? From sometimes surprising quarters there is an anxiety about the evangelical fervour and certainty of the New Atheists: they are so sure they are right, but there are plenty of people - and many of them would not count themselves as believers - who can't share their contempt for religion.
Just this week, AN Wilson announces in a thoughtful cover article for the New Statesman that he has apostated, abandoning his fellow atheists. Or take another example: in the Third Way, a Christian magazine, the poet Andrew Motion reflects wistfully, "I don't believe in God - though I wish I did, and I can't stop thinking about it so who knows what might happen one day?" Wilson and Motion talk of uncertainty, doubt and faith in terms that are probably far more familiar to the vast majority of the British - many of whom still describe themselves as believing in God, whatever they mean by that - than the certitudes used by Dawkins. New
Atheism may come to be regarded as winning a battle but losing the war.
What many argue is that the New Atheist debate has ended up down an intellectual dead end; there are only so many times you can argue that religion is a load of baloney. Ask a philosopher like John Gray or a historian of religion like Karen Armstrong and they are simply not interested in the debate; they bin the invitations to speak on platforms alongside New Atheists. Gray dismisses them as offering "intoxicating simplicity"; Armstrong is appalled by their "display of egotism and arrogance". Both are deeply frustrated by a debate inflated by the media that generates heat but no light. They see the New Atheists mirroring a particular strain of fundamentalist Christianity with no knowledge of the vast variety of other forms of religious faith. In common with their Christian opponents, they share "the inner glow of complete certainty" - as Wilson describes his atheist conversion.
Armstrong and Gray converge again on where they pinpoint the key mistake. Belief came to be understood in western Christianity as a proposition at which you arrive intellectually, but Armstrong argues that this has been a profound misunderstanding that, in recent decades, has also infected other faiths. What "belief" used to mean, and still does in some traditions, is the idea of "love", "commitment", "loyalty": saying you believe in Jesus or God or Allah is a statement of commitment. Faith is not supposed to be about signing up to a set of propositions but practising a set of principles. Faith is something you do, and you learn by practice not by studying a manual, argues Armstrong.
"We need to get away from the endless discussion about wretched beliefs; religion is about doing - and what every faith makes clear is that the doing is about compassion," she argues. To try and shift the debate about faith into more fruitful territory, Armstrong came up with the idea of a global Charter on Compassion for all faiths (and none), which she is drafting and planning to launch later in the year.
From a different perspective, Alain de Botton, the philosopher and writer, has also been trying to broaden the conversation. He has founded a School of Life in London, which runs courses and events reflecting on how to live. He describes himself as "definitely an atheist", but readily admits he borrows plenty from religions. His team have instituted the idea of Sunday sermons, and organise contemporary "pilgrimages". "Even if you're an atheist, there are a huge number of insights in religion," he says. "We're in danger of throwing the baby out with the bathwater."
De Botton argues that the decline of religious faith has left behind a real and widespread need for wisdom and insight; the media offers only a "cruel sentimentality" and gives little space to the most difficult of our life experiences, such as failure, death or envy, nor does it offer ways to deal with them. The author Mark Vernon teaches on some School of Life courses. A former priest and atheist, he now advocates a principled agnosticism rooted in an understanding of the limits of human knowledge. He argues that the most interesting conversations about faith are among those just outside religious traditions and those just inside - along the borders of belief, if you like.
It's a perspective that Gray shares. Describing himself as a sceptic, he looks to another border of belief for deeper insight into the nature of faith: the dialogue between the theistic and non-theistic. Intriguingly, where Gray, Armstrong and Vernon all end up is with the apophatic tradition of theology. Apophatic is a word no longer even in my dictionary, but it's a major tradition of Christian thought, and central to the thinking of St Augustine and St Thomas Aquinas: it is the idea that God is ineffable and beyond powers of description. S/he can be experienced by religious practice, but as Armstrong puts it: "In the past, people knew we could say nothing about God. Certain forms of knowledge only come with practice." It makes the boundary between belief in God and agnosticism much more porous than commonly assumed.
But the modern distortion was to make God into a proposition in which you either did or did not believe. He was turned into an old man in the sky with a long white beard or promoted as a cuddly friend named Jesus. Arguing about the existence of such human creations is akin to the medieval pastime of calculating how many angels could fit on the head of a pin.
So the media has been promoting the wrong argument, while the bigger question of how, in a post-religious society, people find the myths they need to sustain meaning, purpose and goodness in their lives go unexplored. What worries Gray is that we forget at our peril that all systems of thought rely on myth. By junking the Christian myths, the danger is that the replacements are "cruder, less tested, less instructive". At times of crisis - such as the economic recession - the brittleness of a value system built on wealth and a particular conception of autonomy becomes all too apparent, leaving people without the sustaining reserves of a faith to fall back on. The consequences of that will certainly not be cause for celebration, he warns.
Madeleine Bunting, The Guardian, Monday 6 April 2009

Da série, insuportáveis silêncios


Ao ouvir hoje o forum da Antena 1, onde estiveram Raul Vaz e Carlos Abreu Amorim, fiquei com a mesmíssima triste sensação de ruptura do regime que a todos invadiu.
A absoluta descrença na justiça, mostrada por todos os intervenientes, o abundante mud throwing entre partidários de um e de outro lado, a sensação de que todos os protagonistas da coisa pública têm os seus esqueletos nos armários, geram um clima insuportável.
O silêncio de Cavaco perante este caos, depois de ter feito tanto barulho sobre os Açores, não é entendível, nem aceitável. Esvazia de intenção as suas palavras de preocupação com a qualidade da democracia.
Sr. Presidente, por Portugal, é urgente que fale!

Por cá também podia ser assim



Depois da miséria do jogo de ontem do SLB (confesso que não vi mais nenhum este fim-de-semana, pelo que não sei como foram os restantes), fica aqui um golo fantástico, dos 5 que o Bayern levou de uma equipa que também veste de verde...

domingo, 5 de abril de 2009

Verdade e consequência

Deixemos de lado os delírios situacionistas da sra. Câncio. Atribuamos o devido valor à especificidade que Lopes da Mota faz do conceito de pressão. O assunto é demasiadamente sério e as explicações de Alberto Costa demasiadamente curtas.
Esqueçamos o conceito de pressão a que os comissários de Sócrates se agarraram. A ter existido a conversa entre Lopes da Mota, ex-governante socialista, e os dois magistrados; a ter sido directamente sugerida a ilibação sem mais de Sócrates; a ter sido mencionada uma conversa com o ministro da justiça, Alberto Costa, neste sentido; a ter sido afirmado o descontentamento de Sócrates com a condução do processo e que, represálias futuras esperariam quem "estragasse" o resultado das europeias... OK. Isto não seria pressão. Seria chantagem, manietação, viciação. Seria razão para em 5 minutos o Presidente demitir Sócrates e os seus acólitos.
Esperemos, por uma vez, a verdade e a consequência.

Saturday night in Gaia

Ultima noite do Jazz'n'Gaia a terminar com chave de ouro. Os Manhattan Transfer no seu melhor, a oferecerem um super concerto de 2 horas! Simpatia, animação, swing e a diferença clara entre competência e génio. Sem dúvida, o melhor quarteto vocal da história do jazz. Incursões por Miles Davis, Tom Jobim e até Caetano Veloso! Memorável!
Ah... e na primeira parte esteve Carlos Bica. Competente, muito bom mesmo, com optima banda a acompanhar. Do melhor que se faz em Portugal. Com a injustiça de ter sido esquecido pela segunda música dos avassaladores Manhattan Transfer...
É de elementar justiça deixar aqui homenagem ao vereador Dorminsky que tão bem tem mostrado ao Porto como se tem uma política de cultura, mesmo aqui ao lado...
Mais uma vez, obrigado Artur pelos concertos!

sábado, 4 de abril de 2009

Assustador


Os actos terroristas de extrema-esquerda, que voltamos a assistir hoje em Estrasburgo, são assustadores. Uma esquadra ocupada, um hotel e treze edificios incendiados, policias feridos, o caos nas ruas.
É urgente uma operação policial a nível europeu que identifique estas organizações terroristas de extrema-esquerda, que as vigie e que se proceda à sua detenção preventiva. A experiência das autoridades europeias com o controlo dos skinheads deverá ser posta ao serviço da repressão destas novas forças terroristas.
Será também necessário a identificação e condenação de todas as forças com estatuto político legal que a apoiem estas manifestações.

Tudo deve ser feito para defesa da paz e da democracia na Europa.

É bom não esquecer


A NATO tem 60 anos. A cimeira de Estrasburgo foi um momento de significativa vitalidade, de recuperação de algum prestigio perdido, afinal, do reencontro da América com os seus aliados. Foi o primeiro grande momento da administração Obama e um sinal necessário e responsável dos países da UE e da Turquia. O Afeganistão é o ponto de convergência destas vontades, o motivo do reforço da união da aliança, é vital que tenha um desfecho satisfatório.
A eleição de Rasmussen é sinal dos novos tempos que se vivem, contribuirá para a coesão e reforço das políticas atlantistas.
O facto da administração Bush ter condicionado o prestígio e estatuto da NATO, não deve, nem pode, fazer esquecer o papel fundamental da organização ao longo dos últimos 60 anos. A sua importância perpetua-se e reforça-se com as mudanças geo-políticas e com a redefinição das novas ameaças aos principios que defende.
Se hoje vivemos em democracia e liberdade, em grande parte, devemo-lo à NATO. O desenho do mundo que resultou de Ialta traduziu-se num bloco de homens livres e noutro bloco totalitário, nas mãos de Stalin e dos seus herdeiros. A sorte de estarmos do lado certo, só a podemos agradecer; felizmente não tivemos a experiência da opressão sofrida pelas vitimas do comunismo.
Há uma nova tentativa de reescrever a história, equivalente ao negacionismo do holocausto. A crise a que chegamos por causa do neo-liberalismo selvagem é, dolosamente, confundida com a morte do capitalismo. Por todo lado, os ressabiados da história tentam reabilitar a memória do marxismo, obliterando os seus horrores.
Hoje as ameaças são novas e diferentes, os saudosos de Marx e de Stalin ficarão onde estavam antes, quando a saída para a crise for encontrada. As verdadeiras ameaças são o terrorismo trans-nacional, o fundamentalismo religioso, algumas tentações imperialistas que renascem. É bom que o bloco NATO saiba sempre identificar estas ameaças e assegure a segurança dos seus, como tem feito nos últimos 60 anos.
Se queremos continuar homens livres, é bom não esquecer a história.

Friday night in Gaia

Como não há fome que não dê em fartura, hoje foi outra vez noite grande no Jazz'n'Gaia.
Primeira parte com Joel Xavier em grande forma, a provar que merece o lugar que já conquistou entre os guitarristas de jazz a nível mundial. Sonoridades muito brasileiras e afro, que facilitam o acesso a uma música agradável, mas muito sofisticada. Valeu a pena.
Segunda parte com Gal Costa, como me dizia um amigo, a começar a fase Amália. Trouxe mais um excelente guitarrista e um repertório de luxo. Cantou Jobim, João Gilberto, Caetano, Caymmi, Gil... e encantou!
Amanhã há mais...


sexta-feira, 3 de abril de 2009

De derrota em derrota


Será que a Dra. Morgado vai correr ao encontro dos seus amigos jornalistas, para comentar a absolvição de Pinto da Costa?
É uma azáfama a publicitar as acusações e um silêncio sepulcral ante as sucessivas derrotas...
Envelope houvesse, e agora escondia-se lá dentro!

Um causa nobre!


Quem se mete com o Sócrates...


Fiquei atónito! Todos sabemos que quem se mete com o PS leva, todos sabemos que eles gostam é de malhar.
Daí, a processar João Miguel Tavares em ano eleitoral, Sócrates deu um salto enorme. Perdeu o pudor mínimo, manifesta a sua verdadeira natureza: um autoritarista de provincia, com mau feitio e sem fair-play.
João Miguel Tavares afirmou-se como uma das vozes mais inteligentes da opinião publicada adversa a Sócrates; é uma lufada de ar fresco e a mais prometedora figura na renovação da direita num meio extremamente hostil como o jornalismo. No pensamento de Sócrates e dos seus, tinha de ser travado quanto antes. Estão a tentar.
Eu continuarei a ler o JMT com o entusiasmo de sempre! Esta perseguição vergonhosa do namorado de Fernanda Câncio, até lhe reforça o estatuto; dá-lhe ares de resistente, de Soljenitsin luso.
JMT falou de "Sócrates o Cristo da política portuguesa", Sócrates não esperou para tentar crucifixá-lo!
Mário Crespo que se cuide...

Thursday night in Gaia

Grande noite, esta de abertura do Jazz'n'Gaia! Depois de António Pinho Vargas, em baixo de forma, deprimir a sala, começou verdadeiramente a noite.
Al di Meola é um dos melhores guitarristas de sempre, mas nem sempre isso é suficiente. Hoje foi superlativo. Levou-nos ás águas azuis do Mediterrâneo, a pátios andaluzes, ao deserto do oeste americano, á Buenos Aires boémia de Piazzola. Pouco serão tão visuais como di Meola, as cores, os tons, o vento e os cheiros, está lá tudo, com uma intensidade inebriante. É, de facto, um génio!
Obrigado aos bons amigos D e AJ que simpáticamente me convidaram.
Amanhã e Sábado há mais, depois contarei...

Dedicatória... com amor.

"Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso."
Clarice Lispector

Dedicado à minha filha que no seu silêncio ensinou-me a escutar o mundo.

Dedicatória...

" As vezes vejo-o à distância, na rua comprida e estreita onde moro. Anda ao longo das paredes dos edificios, para ter um apoio, caso tropece. O andar é desengonçadao e, em vez de obedecer aos comandos do corpo, parece aproveitar o seu peso, deixando-o descair, às vezes, para a frente com acelarações súbitas..
Quem o vê pela primeira vez...pára e vira-se a olhar para ele. Ele apercebe-se e eu tenho a impressão que continua a andar com uma careta de sofrimento... também faço uma careta de sofrimento, e é isso que nos une, à distância.
Outras vezes experimentei fechar os olhos por um instante. Quem é aquele rapaz que anda cambaleando ao longo dos muros?
Vejo-o pela primeira vez, é um DEFICIENTE! Penso naquilo que teria sido a minha vida sem ele... NÃO!... Não consigo. Podemos imaginar muitas vidas, mas nunca desistir da nossa.

"A NORMALIDADE -submetida a análise- revela falhas, rachas, deficiências, atrasos funcionais, intermitências, anomalias...Quando Einstein, à pergunta do passaporte, responde: "Raça Humana", não ignora as diferenças, omite-as num horizonte mais amplo, que as inclui e as supera. É essa a paisagem que temos de abrir: tanto para que faz da diferença uma discriminação, como para quem, para evitar a discriminação, nega a diferença."
(Giuseppe Pontigia, Nascidos duas vezes)

Dedicado a todos os pais de pessoas com Autismo.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Quebrar o silêncio


O autismo é uma perturbação global do desenvolvimento infantil que se prolonga por toda a vida. No dia 18/12/2007 as Nações Unidas aprovaram uma resolução instituindo o dia 2 de Abril como o DIA MUNDIAL DA CONSCIENCIALIZAÇÃO DO AUTISMO.
É necessário consciencializar para que as pessoas com autismo e as suas famílias não caiam no esquecimento;
É necessário consciencializar para que os médicos, educadores e a sociedade em geral conheçam esta perturbação e as suas implicações;
É necessário consciencializar relativamente à falta de soluções do Governo para integrar profissionalmente e dar resposta à falta de autonomia dos autistas.
Estima-se que existam em Portugal cerca de 65 mil pessoas afectadas por alguma perturbação do espectro do Autismo (PEA), extrapolando números de estudos internacionais. Por outro lado, o aumento de casos diagnosticados é um facto - nos Estados Unidos chegou-se a usar a expressão epidemia .


É necessário falar, gritar, bem alto, que estas pessoas existem, que têm sentimentos, aspirações e sonhos.
Porque, se nos calarmos, se não formos a sua voz elas caem no esquecimento, passam a não existir.
O silêncio destas pessoas até pode ser perturbador, mas o silêncio de uma sociedade que as ignora é ensurdecedor.