segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

100 anos depois...




D. Duarte de Bragança evocou hoje, quando passam 100 anos sobre o regicídio, a vida e obra do Rei D. Carlos. Quem quiser voltar as costas aos equívocos da desinformação jacobina/maçónica e observar o último século da casa de Bragança, descobrirá que ancorada em séculos de história existe o que é para nós hoje, infelizmente, uma profunda novidade: o incondicional amor à Pátria. Numa época em que a percepção pública sobre a actividade política e governativa é muito negativa, vale a pena recordar que há quem aspire e persevere na esperança de liderar o país e o povo apenas na defesa dos seus mais altos interesses.


A história do século XX, recheada de Reis sem trono, mostrou-nos que estes homens e mulheres, nascidos com uma missão definida, educados para dar de si antes de pensar em si, passaram por privações, amargura, humilhações sem vergar nem desistir. A maior parte destes Reis sem trono tem a noção da dificuldade do regresso, contudo, sabendo-se símbolos vivos de uma história maior, honram-na e honram os povos e países a que pertencem. Hoje, mais distantes do exílio e fuga que o terrorismo revolucionário republicano impôs, participam de forma activa e construtiva nas sociedades onde reinariam por direito natural. Esta dádiva sem amargura, a capacidade de adaptação às novas realidades e a convivência pacifica e natural com sistemas políticos que lhes são hostis, só se explica com a priorização absoluta do interesse nacional e com um carácter de excepção.


Agora, 100 anos depois do terrorismo republicano ter ceifado a vida a D. Carlos, encontro em D. Duarte de Bragança todas as qualidades que acima referi. No seu discurso evocativo de D. Carlos, D. Duarte relembra a necessidade de amadurecimento do sistema democrático, bem lembrado, dada a confusão frequente entre amadurecimento e envelhecimento. Digo eu, tivesse havido em Salazar o rasgo final de inteligência de Franco, hoje a nossa democracia seria de facto madura.

1 comentário:

Anónimo disse...

Real, Real, Real por El-Rei de Portugal!